Encontro com especialistas discutiu emissão de carbono na atmosfera, regulamentação de projeto e falta de entidade certificadora para o tema
O Instituto Fecomércio de Sustentabilidade (IFeS) promoveu, nesta terça-feira (13/12), uma mesa redonda sobre o Mercado de Carbono. O primeiro encontro sobre o tema foi aberto pelo consultor da Presidência da Fecomércio RJ, Otavio Leite, e mediado pelo diretor executivo do IFeS, Vinicius Crespo.
Participaram da mesa redonda o secretário de Planejamento e Gestão do estado, Nelson Rocha; a diretora de Clima do Ministério do Meio Ambiente, Marina Maia; Thelmo Borges, do Inea; Sylvio Coelho, representante do Senado; Marta Giannichi, do BNDES; o presidente da CVM, João Pedro Nascimento; e o responsável pela Rio 2030, Paulo Protásio.
O encontro discutiu as formas de mitigar as emissões de carbono na atmosfera, a regulamentação do projeto que tramita no Congresso Nacional sobre o tema, a falta de uma entidade certificadora para inserir empresas e o poder público e como ter um mercado de carbono com segurança jurídica para os negócios. Para o diretor executivo do IFeS, a Fecomércio RJ tomou para si o protagonismo da pauta.
“Temos notado que o comércio tem sido deixado de lado em toda a logística criada no mundo sobre o mercado de carbono. Nossa intenção, enquanto representante do setor empresarial fluminense, é trazer o protagonismo e como inserir o comércio nesse sistema. É trazer mecanismos para que essa atividade aconteça na economia geral do estado”, explica Vinicius Crespo.
Os participantes destacaram a importância do Brasil como um player no mercado de carbono e como o país deve ocupar seu espaço no cenário internacional. O secretário de Planejamento e Gestão do estado, Nelson Rocha, anunciou a assinatura, em janeiro, de um acordo com a Nasdaq para a implementação no Rio e Janeiro de uma Bolsa de Ativos Sustentáveis. O consultor da Presidência da Fecomércio RJ, Otavio Leite, ressaltou a necessidade de todos os setores contribuírem para diminuir as emissões de carbono.
“O encontro demonstrou que a Fecomércio RJ está muito atenta a esse movimento do mercado do crédito de carbono, que é uma realidade em alguns países e no Brasil está dando os primeiros passos. Evidentemente, o comércio tem que ter um protagonismo nesse desafio. O desenvolvimento econômico não pode ser expressado sem ser sustentável”, afirma Otavio Leite.
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