Lula aposta em Alckmin para atrair o agro negócio e o eleitor de centro direita
Na manhã desta segunda-feira (07) o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin acertou sua filiação ao PSB, em conversa com Carlos Siqueira, presidente da sigla.
Ao encontrar com Siqueira, Alckmin já tinha a garantia de Lula de que ele será o vice independentemente do partido no qual estará, a despeito da resistência de setores do PT ao seu nome. "Lula tem deixado claro para ele que ele será o vice independentemente do partido que escolher", disse um dos interlocutores do ex-tucano ao colunista Vera Magalhães do O Globo.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse que o ex-governador, só não irá para o PSB se não quiser. "Para mim nunca houve dúvida de que ele viria para o PSB. É muito bem-vindo por todos."
Alckmin garantiu a Siqueira, que não vai se envolver diretamente nas tratativas dos palanques estaduais. O ex-tucano não quer arbitrar a negociação para a candidatura ao governo de São Paulo.
O PSB tem Márcio França, como principal líder em São Paulo, um dos articuladores da chapa Lula-Alckmin e parceiro de Palácio dos Bandeirantes do ex-tucano no período entre 2015 e 2018, que segundo interlocutores ainda resiste em retirar sua candidatura ao governo paulista para que se forme um consenso em torno do petista Fernando Haddad.
Geraldo Alckmin quer se manter o máximo possível longe do assunto sobre o governo de São Paulo. "A vinda do Alckmin é uma questão nacional. A negociação de São Paulo é de São Paulo, e a decisão será tomada mais lá na frente", disse Siqueira.
Há alguns entraves à aliança entre PT e PSB localizados em outros Estados além de São Paulo, mas os envolvidos nas negociações acreditam que isso não será óbice ao apoio a Lula.
O martelo da ida de Alckmin para o PSB deve ser batido em breve. A data da filiação ainda depende de tratativas para que aliados do ex-governador também ingressem na legenda. Ele pediu um tempo para organizar seu time de apoiadores e em breve deve haver o anúncio.
Foto Revista IstoÉ
