Uma disputa “saudável” começa no cenário político do nosso País
Na última sexta-feira, 26 de março, o Instituto Butantan anunciou a produção da ButanVac, a 1ª vacina Brasileira. O CoronaVac era até então a vacina distribuída, que vinha do laboratório chines Sinovac. O anúncio foi feito pelo Governador de São Paulo, João Dória (PSDB) e o Presidente do Instituto, Dimas Covas. O ButanVac teve sua pesquisa iniciada em março de 2020 e agora foi levada ao conhecimento da população Brasileira. A expectativa é encerrar todos os testes e ter 40 milhões de doses da ButanVac até o final de 2021.
Poucas horas depois do anúncio de Dória, que sai na frente mais uma vez falando primeiro de uma vacina no combate contra o COVID-19, o Governo Federal “correu” e também fez um pronunciamento. O Ministro da Ciência Sérgio Pontes noticiou que foi protocolado na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o pedido de autorização para testes clínicos em humanos da vacina brasileira Versamune-CoV-2FC contra a covid-19. A vacina, segundo o governo, é financiada pelo Ministério e teve sua pesquisa coordenada pelo professor Célio Lopes Silva, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
Uma vacina anunciada na manha de sexta-feira e a outra de tarde. Coincidência não foi. Existe claramente uma disputa entre o Governador de São Paulo e o Governo Federal, que tem como representante o Presidente da Republica, Jair Bolsonaro, desafeto conhecido de João Dória. Está dada a rivalidade para saber quem vai distribuir a vacina brasileira primeiro, uma competição que pode ser considerada saudável, uma vez que todos nós Brasileiros, queremos ser vacinados o mais rápido possível.
Vale ressaltar que os testes das vacinas nacionais ainda precisam passar pela permissão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Só torcemos para que não demora muito a liberação de mais uma vacina para a nação.
Por Márcio Lemos
